domingo, 22 de novembro de 2009

O Preço da Ambição

Em épocas de guerra muitos pais choravam no momento de enterrar os seus filhos, dizendo que a vida não estava seguindo o seu fluxo natural. Nos dias de hoje, pais jogam seus filhos pela janela ou os esquecem nos carros.

Assassinos? Creio que não. Esse é o preço que a (falta) de vida está nos cobrando. Muita pressão, muito stress, muita raiva, muito cansaço e nos limitamos a ligar o piloto automático. A ordem das coisas não podem ser alteradas, pois podemos nos esquecer de algo ou entrarmos em surto.

Será que a "independência" vale tanto assim para as mulheres? Será que o dinheiro compesa para os homens? Eu, sinceramente, já não sei mais.

Tenho apenas 31 anos, já apresento pressão alta, me trato com uma terapeuta, vivo em pressão constante e as exigências profissionais (que exigem cursos, pós e outras "cositas" mais) não me permitem frequentar academia ou fazer algum outro tipo de programa.

Não tenho filhos, e quanto vejo o que está acontecendo na volta, sinto medo. Não quero fazer parte da estatística nem me tornar nota de jornal por algo que irá me atormentar pelo resto da minha vida.

Talvez por isso tenha colocado como um dos meus objetivos de 2010 repensar minha vida e objetivos. Não quero ter que pagar com um AVC o fato de ganhar uma promoção, ou ter um filho que a tia da creche vai conhecer mais do que eu. Se é para pagar algum preço por toda essa ambição, que esta se torne o desejo de ter uma vida melhor.